Ouço o riso sarcástico da morte
Vejo seus olhos fumegantes
Lamento minha infeliz sorte
E carrego meu ser errante
Minha'lma sofre, abandonada
Presa está num lar vazio
A carne treme, apavorada
Reflexo do vento frio
O vento da separação
Que a alma da carne desprende
Chorar agora é em vão
E o véu da noite surpreende
Sinto a vida se esvair
E a morte, mordaz, vibra
E eu desfaleço aos poucos
Na presença desta víbora
Sinto o veneno correr
E ao meu sangue se juntar
O enlace do meu morrer
A aliança do meu pesar
Fecho os olhos, estou partindo
O veneno borbulha,
Estou sentindo
A morte ri, estou ouvindo
De súbito, acendo o olhar
A morte ruge, inconformada
Range os dentes ao se afastar
E eu respiro, aliviada
Sinto a vida de novo pulsar
A morte não levará nada
O veneno não foi bastante
Agradeço com uma prece
E levanto, sigo adiante
O que não me mata
Me fortalece
Vejo seus olhos fumegantes
Lamento minha infeliz sorte
E carrego meu ser errante
Minha'lma sofre, abandonada
Presa está num lar vazio
A carne treme, apavorada
Reflexo do vento frio
O vento da separação
Que a alma da carne desprende
Chorar agora é em vão
E o véu da noite surpreende
Sinto a vida se esvair
E a morte, mordaz, vibra
E eu desfaleço aos poucos
Na presença desta víbora
Sinto o veneno correr
E ao meu sangue se juntar
O enlace do meu morrer
A aliança do meu pesar
Fecho os olhos, estou partindo
O veneno borbulha,
Estou sentindo
A morte ri, estou ouvindo
De súbito, acendo o olhar
A morte ruge, inconformada
Range os dentes ao se afastar
E eu respiro, aliviada
Sinto a vida de novo pulsar
A morte não levará nada
O veneno não foi bastante
Agradeço com uma prece
E levanto, sigo adiante
O que não me mata
Me fortalece