Noites frias trazem a brisa das lembranças que nem sempre queremos lembrar.
O vazio insistente no peito e a saudade do que nem chegamos a viver
nos consomem pouco a pouco.
As lágrimas contidas desfiguram uma alma cheia de mistérios.
Não há distinção entre o bem e o mal
E o sofrer traz uma estranha sensação de prazer.
O sangue ferve nas veias,
a respiração ofegante transforma-se num som enlouquecedor.
Não há como fugir do monstro que existe dentro de cada um de nós,
das sensações mais estranhas e dos pensamentos mais traiçoeiros.
Porém, as noites não serão eternas
e o amanhecer trará uma estranha normalidade.
E, nesta pseudo-sensação de que somos meros mortais,
o que nos acalenta é saber que a luz do sol logo se esconderá novamente...
e celebraremos outro anoitecer...
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