sexta-feira, 23 de julho de 2010

Por Ti Desfaleço De Amor, Meu Lord



Meu coração estava batendo forte, o sangue fervia nas veias,
Sentia calor...
Podia sentir o fluxo sanguíneo pelas artérias
A vida pulsava
No espelho a face pálida, mas ainda tinha cor.
Me entreguei...
De corpo,
Alma,
E coração.
Sentia a respiração ainda ofegante,
Mas algo diferente estava acontecendo.
O corpo foi perdendo o calor...
A pele, a cor.
A respiração, que outrora era intensa,
Tornou-se estável até quase parar.
O sangue gelou,
Parecia ter parado de circular...
Já não mais sentia as batidas do meu coração
As forças foram sumindo...
E eu tremia...
Já era quase impossível sustentar meu próprio peso,
Senti-me fraca ao extremo,
Porém, senti prazer...
Um prazer, quem sabe, desconhecido pela maioria dos mortais.
Senti frio
E, quando o corpo ia desfalecer completamente num desmaio,
Pude ouvir novamente as batidas do meu coração.
E fui voltando a mim, aos poucos...
Algo meu foi transferido para ti naquele momento, meu Lord...
Algo meu está dentro de ti agora...
E, neste caso, o termo “um só”
Tem um sentido mais intenso....
Amo-te...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Vampiro

E contemplo um corpo inerte, sem vida, apagado
Uma face pálida, sem cor, sem viço
E uma pele fria como o gelo
Não deveria tê-la sugado até a morte
Mas deliciar-me com aquele sangue quente
Era demasiadamente sublime para um ser insaciável como eu
Eu, um ser insano e cruel, jamais me comovi perante uma presa
Mas agora encontro-me debruçado sobre um cadáver
Desejando trazê-lo de volta à vida
Eu, que sempre apreciei cadáveres como troféus,
Hoje quase choro a morte de uma bela dama
A morte que eu mesmo causei
Daria minha vida em troca, caso tivesse uma
Mas como não tenho, beijo sua boca num sinal de quase amor
E despeço-me, querida.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Quem é ele?




Quem é ele?
Que tem a pele fria
E o olhar hipnotizante?
Sua presença faz desfalecer
E a sua voz faz estremecer o coração dos mortais
Ele vive nas sombras
Não suporta a luz
Ele sai pela madrugada
Em busca da sua presa
E seu beijo pode matar
Ele não tem alma
E suga a essência da vida
Ele pode te dar prazer
Mas depois você vai morrer
Teria coragem, mortal?
Ele quer o néctar da vida
O sangue que corre em suas veias
Ele quer contemplar seu corpo sem vida
Gelado, inerte
Mas vou te contar um segredo:
Se, por sorte, você for escolhida por este Lord
Se acaso ele te beijar e não te matar
Comemore, saia em busca da sua presa
E desfrute dos prazeres da eternidade.