quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Vampiro

E contemplo um corpo inerte, sem vida, apagado
Uma face pálida, sem cor, sem viço
E uma pele fria como o gelo
Não deveria tê-la sugado até a morte
Mas deliciar-me com aquele sangue quente
Era demasiadamente sublime para um ser insaciável como eu
Eu, um ser insano e cruel, jamais me comovi perante uma presa
Mas agora encontro-me debruçado sobre um cadáver
Desejando trazê-lo de volta à vida
Eu, que sempre apreciei cadáveres como troféus,
Hoje quase choro a morte de uma bela dama
A morte que eu mesmo causei
Daria minha vida em troca, caso tivesse uma
Mas como não tenho, beijo sua boca num sinal de quase amor
E despeço-me, querida.

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